Resumo: Como os profissionais de software podem avaliar sistematicamente se seu software suporta usuários diversos? E se eles encontrarem problemas, como podem corrigi-los? A pesquisa anterior da nossa equipe revelou as falhas do software em suportar experiências de usuários de diferentes gêneros de forma equitativa e, então, produziu o método GenderMag para abordar esse problema, que agora está em uso no mundo todo. Nessa palestra, apresentaremos nossa pesquisa sobre um novo método, SocioEconomicMag, para ajudar a melhorar a equidade do software entre usuários socioeconomicamente diversos. O SocioEconomicMag está surgindo agora e estamos procurando ativamente por colaboradores para testá-lo em campo.
Palestrante:
Minibio: Margaret Burnett é Professora Distinta na Escola de EECS da Oregon State University. Ela detém 4 patentes; recebeu 10 prêmios de melhor artigo/menções honrosas e 5 prêmios de Impacto de Longo Prazo; e recebeu vários prêmios de mentoria, serviço e pesquisa. Ela é uma ACM Fellow e foi eleita para a CHI Academy da ACM em 2016 como uma das “principais líderes do campo” de IHC. Em 2023, ela se tornou membro da Academic Alliance on AI Policy (AAAIP). A pesquisa de Margaret Burnett abrange toda a gama de aspectos centrados no ser humano para tornar o software melhor para as pessoas que o usam, com ênfase no design inclusivo. Ela começou seu trabalho em design inclusivo desmascarando a crença de que o software é neutro em termos de gênero. Ela então criou um conjunto de métodos sistemáticos para abordar as desigualdades nas experiências do usuário do software. Por exemplo, ela co-lidera a equipe que criou o GenderMag (gendermag.org), um processo de inspeção de software que descobre preconceitos de gênero voltados para o usuário em software, abrangendo desde sistemas inteligentes a ambientes de programação. Ela agora está trabalhando no SocioEconomicMag, um método sistemático que visa encontrar e corrigir “bugs” de inclusão socioeconômica do software. Seu trabalho impactou o software comercial usado por milhões de pessoas.
Resumo: Há cerca de 15 anos, iniciamos um percurso de pesquisa e debates sobre morte e tecnologias, em especial, em eventos da área de Interação Humano-computador. A persistência ou não de dados digitais dos usuários para além da vida deles é algo que precisa ser gerenciado antecipadamente, para ser possível um tratamento eficaz de dados e/ou interações póstumas. Em alguns sistemas, existem maneiras de realizar o gerenciamento de futuros legados, todavia é necessário avançar neste campo por meio da pesquisa e do desenvolvimento científico e tecnológico. Ao longo dos anos, o projeto Dados Além da Vida (DAVI), com apoio de muitas pessoas colaboradoras de diversas áreas do conhecimento, tratou do tema de diferentes maneiras, as quais serão exploradas nesta palestra. Para avançarmos, é importante também que os tabus e crenças acerca da morte sejam trabalhados em um contexto educacional, de forma que as pessoas usuárias possam pensar na destinação de seus dados digitais de uma forma mais confortável, natural e responsável. Assim, essa palestra é um convite para que as pessoas participantes possam pensar mais sobre a temática e, juntos, possamos seguir avançando e apoiando a sociedade com a oferta de soluções socialmente responsáveis, que propiciem mais bem-estar às pessoas.
Palestrante:
Minibio: Cristiano Maciel é Doutor em Ciência da Computação e pós-doutor em Sistemas de Informação; professor do Instituto de Computação, dos Programas de Pós-Graduação em Educação e em Computação Aplicada, e pesquisador do LAVI e do LêTECE da Universidade Federal de Mato Grosso. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq; vice-presidente da Sociedade Brasileira de Computação, consultor do Programa Meninas Digitais e coordenador da Rede de Pesquisa Internacional ELLAS. Entre outros, seus interesses são pelas áreas de aplicações Internet, interação humano-computador, governo eletrônico, legado digital pós-morte, tecnologias na educação e STE(A)M, gênero e raça.
Resumo: O GenderMag identifica “bugs” de inclusão de gênero em softwares e outros artefatos de tecnologia (websites, projetos de código aberto, materiais de cursos online, documentação de software etc.). Para aprender o GenderMag experimentando-o, neste workshop, trabalharemos juntos para fazer uma avaliação do GenderMag em sistemas de sua escolha. É altamente recomendável que você traga um sistema no qual esteja trabalhando, para que possamos avaliá-lo juntos. Também trarei um sistema amplamente utilizado em universidades. Se você trouxer seus próprios sistemas, podemos trabalhar neles; se não trouxer, pode trabalhar no que eu trouxer. Trabalharemos juntos em pequenos grupos nessas avaliações para encontrar os “bugs” de inclusão de gênero e corrigi-los. Você sairá com a capacidade de fazer avaliações do GenderMag no software e outras tecnologias que criar como parte de sua pesquisa ou profissão. Traga um laptop, o sistema ou protótipo que deseja avaliar (se estiver trazendo um) e canetas/lápis para escrever.
Palestrante:
Minibio: Margaret Burnett é Professora Distinta na Escola de EECS da Oregon State University. Ela detém 4 patentes; recebeu 10 prêmios de melhor artigo/menções honrosas e 5 prêmios de Impacto de Longo Prazo; e recebeu vários prêmios de mentoria, serviço e pesquisa. Ela é uma ACM Fellow e foi eleita para a CHI Academy da ACM em 2016 como uma das “principais líderes do campo” de IHC. Em 2023, ela se tornou membro da Academic Alliance on AI Policy (AAAIP). A pesquisa de Margaret Burnett abrange toda a gama de aspectos centrados no ser humano para tornar o software melhor para as pessoas que o usam, com ênfase no design inclusivo. Ela começou seu trabalho em design inclusivo desmascarando a crença de que o software é neutro em termos de gênero. Ela então criou um conjunto de métodos sistemáticos para abordar as desigualdades nas experiências do usuário do software. Por exemplo, ela co-lidera a equipe que criou o GenderMag (gendermag.org), um processo de inspeção de software que descobre preconceitos de gênero voltados para o usuário em software, abrangendo desde sistemas inteligentes a ambientes de programação. Ela agora está trabalhando no SocioEconomicMag, um método sistemático que visa encontrar e corrigir “bugs” de inclusão socioeconômica do software. Seu trabalho impactou o software comercial usado por milhões de pessoas.