Conceito

A vigésima edição do Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais ocorrerá de forma completamente remota em 2021, devido à pandemia do COVID-19. Com cada participante @home, propomos uma “organização local” sediada no Brasil como um todo, ao invés de em uma cidade específica. Dessa forma, podemos celebrar ainda mais a diversidade na pesquisa e cultura que, ao longo dos anos, construiu no Brasil uma comunidade de IHC sólida, multifacetada e plural. Assim como a população no nosso país, a comunidade de IHC brasileira é composta por diferentes cores, sotaques e costumes – uma riqueza de fatores humanos que reflete na diversidade das nossas pesquisas.  Nosso tema evoca a interação entre a comunidade no evento, apesar do distanciamento geográfico, e também a pesquisa na área de IHC realizada em torno de todo o país, quando faz referência ao nosso extremo norte geográfico (que é o Caburaí (RR) e não o Oiapoque) e ao extremo sul, no Chuí (RS). 
Caburaí ao Chuí? longe, mas perto.
iIustração do sabiá-laranjeira. (in english: Orange trush illustration)
Ilustração de Maryanna Araújo Lima

Escolhemos o sabiá-laranjeira, ave símbolo nacional, para ser incorporado ao tema do evento como mascote. São diversos os aspectos que fazem do sabiá o símbolo mais adequado ao tema proposto para o IHC 2021. O sabiá-laranjeira ocorre em todas as regiões do país, pois se adapta a tudo, desde que haja árvores e água, o que o torna um representante nato da comunidade de IHC brasileira, que tem sido forte e crescido em meio a diferentes adversidades.

Apesar desse traço característico, assim como tantas vezes observamos em nossas pesquisas, o sabiá aponta para diferenças contextuais, pois o pássaro assume outras denominações em regiões diferentes. Por exemplo, ele pode ser caraxué (no Amazonas), sabiá-coca (na Bahia), sabiá-laranja (no Rio Grande do Sul) e ainda sabiá-de-barriga-vermelha, sabiá-ponga e sabiá-piranga em lugares diferentes. 

E, se alguém, até aqui, ainda não identificou suas pesquisas em IHC com “a majestade, o sabiá”, saiba que ele aponta também para as diferenças individuais que torna cada pessoa única, visto que o canto deles é individual. Nenhum sabiá-laranjeira canta igual ao outro. Inclusive, em tupi, sabiá significa “aquele que reza muito”, em alusão à voz dessa ave. Segundo uma lenda indígena, quando uma criança ouve, durante a madrugada, no início da primavera, o canto do sabiá, será abençoada com muita paz, amor e felicidade. 

Além de cada um desses fatores ser representativo da nossa comunidade, há ainda uma beleza poética que precisa ser ressaltada, pois destaca nossa diversidade cultural e folclórica: o sabiá-laranjeira é citado em mais de 20 músicas de renomados compositores da música popular brasileira, assim como nos versos de Gonçalves Dias, que para sempre imortalizou a terra das palmeiras onde canta o sabiá.  Durante o evento, seguindo a linha conceitual desta simbologia, pretendemos explorar aspectos culturais das diversas regiões do país, durante os social breaks e demais programações.

Por fim, para compor a identidade visual do IHC 2021, adotamos uma paleta de cores derivada do Sabiá-laranjeira em adição a outros símbolos nacionais (Ipê Amarelo e flor do Pau-Brasil), para serem trabalhados na marca, mascote, site e todo o material produzido.

Alguns voluntários da comunidade propuseram ideias de marcas para o IHC 2021. Embora o Comitê de Organização tenha selecionado a apenas a opção que está sendo utilizada no site, gostaríamos de reconhecer o dedicado trabalho de todos. Assim, você pode ver abaixo as diferentes ideias e o conceito por trás de cada uma delas! Selecione uma opção para ler a descrição do seu conceito e seus autores.

SESSÃO TÉCNICA

Acessibilidade

  1. Developing a Set of Design Patterns Specific for the Design of User Interfaces for Autistic Users
    Dayanne Gomes (UFMA), Nathasha Pinto (UFMA), Aurea Melo (UEA), Ivana Márcia Maia (IFMA), Anselmo Cardoso de Paiva (UFMA), Raimundo Barreto (UFAM), Davi Viana (UFMA), Luis Rivero (UFMA)
  2. Flying colors: Using color blindness simulations in the development of accessible mobile games
    Mateus Carneiro (UFC), Windson Viana (UFC), Rossana Andrade (UFC), Ticianne Darin (UFC)
  3. Image Descriptions’ Limitations for People with Visual Impairments: Where Are We and Where Are We Going?
    Alessandra Jandrey (PUC-RS), Duncan Ruiz (PUC-RS), Milene Silveira (PUC-RS)
  4. Making Design of Experiments (DOE) accessible for everyone: Prototype design and evaluation
    Fabiani de Souza (CPQD), Gabriela Vechini (UNICAMP), Graziella Bonadia (CPQD)
  5. The Windows 10’s Color Filter Feature as an Aid for Color Blind People in the Use of Websites
    Isa Maria de Paiva (UNIRIO), Sean Siqueira (UNIRIO), Simone Bacellar Leal Ferreira (UNIRIO)
  6. When just Ok, is not Ok – An Experimental Study through Sequential Chronological Cuts, with Prescriptive and Semantic Analyzes on the Dynamic Translation by VLibras Avatar
    André Silva (UNIRIO), Tatiane Militão de Sá (UFF), Ruan Diniz (PUC Campinas), Simone Bacellar Leal Ferreira (UNIRIO), Sean Siqueira (UNIRIO), Saulo Cabral Bourguignon (UFF)
  7. Evaluation of Assistive Technologies from the perspective of Usability, User Experience and Accessibility: a Systematic Mapping Study
    Tatiany Xavier de Godoi (UFPR), Guilherme Guerino (UEM), Natasha Valentim (UFPR)